Uma estelionatária que se passava por cirurgiã dentista há pelo menos quatro meses foi presa no final da tarde desta quarta-feira (20) no exato momento em que era submetida a um exame médico realizado em uma clínica do bairro Jardim Camburi, em Vitória. A acusada havia acabado de assinar os papéis da consulta se passando pela vítima quando, flagrada, recebeu voz de prisão.
A investigadora Marilane, da 6º DP da Capital, confirmou que o golpe aplicado pela falsária lesou a dentista em mais de R$5 mil. De acordo com a polícia, a mulher teria furtado todos os documentos pessoais da vítima ainda no mês de junho.
De lá para cá, falsificou assinaturas e alterou fotografias na identidade e carteira do Conselho Regional de Odontologia (CRO) da verdadeira proprietária. Com o material falso, passou realizar compras de alto valor em várias lojas de departamento da Grande Vitória. Nem mesmo o convênio médico foi poupado.
De lá pra cá ela vem fazendo compras em lojas de roupas, abriu contas e fez até empréstimos em empresas financeiras em nome da moça. Pra gente ela afirmou que achou os documentos perdidos mas acreditamos que ela tenha furtado mesmo”.
Depois que a cirurgiã registrou a ocorrência na polícia, investigadores da Delegacia de Jardim Camburi passaram a fazer levantamentos sobre os locais onde a acusada aplicou os golpes. Durante esta semana, descobriram que ela faria uma consulta com um otorrino no próprio bairro.
Os investigadores Wellington e Marilane seguiram até a clínica, passaram a monitorar a chegada e saída de pessoas e detiveram a estelionatária instantes após ela assinar o pagamento do médico utilizando os documentos adulterados.
Com a presa, os policiais encontraram todos os pertences da vítima além de uma pasta contendo notas fiscais de todas as compras feitas pela acusada desde que assumiu a falsa identidade. Os cupons continham valores entre R$400,00 e R$800,00.
A criminosa foi levada ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) de Vitória para prestar depoimento e ser autuada pelos delitos que cometeu. Segundo a investigadora Marilane, suspeita-se que a acusada tenha atuado, inclusive, em outros municípios. Um cheque de uma empresa de Linhares, encontrado em meio aos documentos, reforça a hipótese de novos crimes.
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